O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, prevê a redução dos juros do consignado do INSS. Esta declaração foi feita durante uma audiência pública na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.
De acordo com Lupi, a diminuição nas taxas de juros dos empréstimos consignados do INSS será ajustada de acordo com a taxa Selic. “Nossa intenção é fixar essa taxa de referência de forma que, sempre que o Banco Central reduzir a Selic, nós a reduziremos na mesma proporção”, afirmou o ministro.
O objetivo do governo federal é que as taxas de juros para empréstimos consignados do INSS atinjam 1,7% ao mês até o final de 2024. Atualmente, o limite de juros para beneficiários do INSS é de 1,91% ao mês. Em agosto, quando o limite de juros foi reduzido para 1,91%, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu um comunicado afirmando que a redução das taxas de juros pode tornar inviável a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.
Segundo a Febraban, juros muito baixos não cobrem os custos de alguns bancos e restringem a oferta de crédito mais acessível para aposentados e pensionistas. Na época, a federação explicou que essa medida “coloca o produto em um patamar abaixo dos custos atuais para alguns dos bancos que oferecem essa linha de crédito”, o que ameaça a disponibilidade de empréstimos consignados do INSS para aposentados e pensionistas.
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Selic influencia na redução dos juros do consignado do INSS
Nesta quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 13,25% para 12,75% ao ano. Este é o menor patamar desde junho de 2022.
Segundo o comitê, há previsão para novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. Com isso, é possível que o ministro divulgue um novo teto de juros para consignado do INSS.
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