Com a queda da Selic em setembro, de 13,25% para 12,75% ao ano, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou que o teto da taxa de juros do consignado do INSS será reduzido mais uma vez. O objetivo do governo federal é que as taxas de juros para empréstimos consignados do INSS atinjam 1,7% ao mês até o final de 2024.
Porém, a informação não agradou aos bancos e voltou a ser ponto de embate entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o governo. Atualmente, o limite de juros para beneficiários do INSS é de 1,91% ao mês. Em agosto, quando o limite de juros foi reduzido para 1,91%, a Febraban emitiu um comunicado afirmando que a redução das taxas de juros pode tornar inviável a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.
Por enquanto, as instituições financeiras não interromperam a oferta, como aconteceu em março, mas a Federação alertou o Executivo de que novas reduções feitas sem debate técnico podem levar à diminuição e até a paralisação das concessões.
Uma nova reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), colegiado responsável por fixar o teto de juros do consignado do INSS, está marcada para quinta-feira (28) e o tema deve voltar à pauta.