Diversificação de produtos e trabalho no final de ano: corbans buscam estratégias para fechar 2023 com bom faturamento

estratégias para fechar 2023 com bom faturamento
Para começar 2024 com pé direito, corbans planejam estratégias de vendas

O que vamos falar?

O ano de 2023 não foi fácil para os correspondentes bancários e já começou com o governo federal reduzindo o teto de juros do INSS para 1,77%. Com a taxa tão baixa, os bancos interromperam a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas da previdência social, causando muito estresse nos profissionais e empresários do setor.  

Diante desses problemas, o governo voltou atrás na decisão. No entanto, a calmaria não perdurou por muito tempo. Logo, os correspondentes bancários foram surpreendidos com a suspensão do consignado LOAS, redução na margem e na taxa de juros de crédito dos servidores públicos, além das reduções dos juros no INSS. Isso sem mencionar as constantes ameaças de suspender os saques-aniversários do FGTS, impactando na antecipação.

Todas essas políticas promovidas pelo atual governo têm prejudicado o mercado de consignados, que injeta bilhões de reais na economia brasileira e facilita a obtenção de crédito para milhões de brasileiros, como aposentados e pensionistas.  

De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos reduziram em até 30% a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas em comparação ao ano passado. Além disso, informações da federação indicam que entre maio e setembro de 2023, o volume de empréstimos consignados concedidos a beneficiários do INSS foi de R$ 29,7 bilhões, cerca de 17% a menos do que no mesmo período do ano anterior, que totalizou R$ 36,1 bilhões.  

Para mitigar os danos causados por decisões governamentais equivocadas, correspondentes bancários têm buscado diversificar seus produtos, visando evitar demissões e falências.

Pesquisas revelam quais convênios são mais buscados 

A pesquisa conduzida pela PwC Brasil revela que os brasileiros têm recorrido cada vez mais a dinheiro extra para manter as contas em dia. Entre as modalidades mais buscadas, destacam-se o empréstimo consignado, a antecipação do FGTS e o crédito pessoal. Esses produtos financeiros são procurados por diversos perfis de clientes, inclusive por pessoas de baixa renda e desempregadas.  

Outro estudo, conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que 50% dos entrevistados pela instituição, que fizeram uso do consignado, são trabalhadores de empresas privadas, estão em empregos de tempo integral e têm como garantia do empréstimo o salário.  

De acordo com os dados coletados, 27% dos participantes do levantamento alegaram que contrataram mais de um empréstimo nos últimos 24 meses. Entre os motivos para solicitar empréstimo consignado estão: pagar financiamento do imóvel, reformar a casa, cobrir tratamentos de saúde, pagar despesas domiciliares, investir no próprio negócio e quitar dívidas.  

As características que mais atraem as pessoas para essa modalidade de empréstimo são: taxas mais baixas, facilidade na obtenção do empréstimo e rapidez na obtenção dos recursos.

Corbans optam por operações no final de ano

Além de diversificarem suas operações, deixando de ser monoprodutos, correspondentes bancários também têm mudado seus hábitos durante o final de ano. 

Para encerrarem o ano com um faturamento positivo, os corbans têm optado por manter as operações no mês de dezembro.  Há alguns anos, os empresários do setor costumavam conceder férias coletivas aos seus colaboradores, mas com a atual situação do mercado, essa prática vem mudando.

Segundo a gerente executiva do Sistema Vanguard, Ingrid Vedoveli, muitos parceiros da empresa afirmam que não vão parar as vendas em dezembro. “Por meio de uma conversa informal, percebemos que nossos clientes querem aproveitar o final de ano para aumentar o faturamento. Uma boa parte dos parceiros teve prejuízos ao longo do ano e, agora, querem aproveitar o final de ano para saírem do vermelho, aproveitando a pré-digitação do aumento de margem. Além disso, esse é um período em que muitos brasileiros buscam créditos para quitar dívidas, viajar e reformar a casa”, explicou Vedoveli.  

A estratégia dos correspondentes bancários é preparar o caixa para o início do ano de 2024, que também promete muitos desafios. Além de aumentar as vendas, outro objetivo é prospectar novos clientes. É bom lembrar que no próximo ano, trabalhadores e aposentados terão aumento de salário e, consequentemente, aumenta a margem do consignado já a partir de janeiro.  

Para fechar 2023 com chave de ouro, o planejamento estratégico é fundamental. Por isso, empresários do setor de consignado devem ficar atentos às novidades e às necessidades de seus clientes. Só assim, estarão preparados para enfrentar os desafios que 2024 reserva para o mercado.

Veja mais: Bota pra Vender: Daycoval bate recorde de público em São Paulo (falacorban.com.br)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *