Inflação alta e salário baixo reduzem poder de compra dos brasileiros; saiba mais 

Queda no poder de compra nos últimos 10 anos.
Brasileiros compram cada vez menos e pagam mais caro pelos produtos.

O que vamos falar?

Você já teve a sensação de que o seu dinheiro não consegue pagar as mesmas coisas que há alguns anos? O que você comprava com R$ 100 há 10 anos, hoje já não é mais possível. Colocamos cada vez menos itens no carrinho de supermercado e gastamos bem mais na compra do mês. 

De acordo com um levantamento do Dieese, no período de 2013 a 2023, o poder de compra dos brasileiros tem diminuído a cada ano. Isso se deve ao fato de que os salários não têm acompanhado as constantes altas nos preços dos supermercados e em outros setores da economia. A pesquisa revelou que o salário médio anual praticamente estagnou em termos nominais, enquanto os preços dos produtos nas prateleiras quase dobraram.

A disparidade entre o aumento salarial e os preços dos produtos fica evidente quando vamos às compras. Em 2013, era possível adquirir 13 produtos básicos no supermercado com R$ 100 e ainda receber troco. Entretanto, em 2023, o mesmo valor possibilita a compra de menos da metade desses itens.

A partir de 2014, o poder de compra foi gradativamente reduzido, obrigando os brasileiros a desembolsarem um valor consideravelmente maior para adquirir as mesmas 13 mercadorias que totalizavam R$ 100 em 2013.

Enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou 88% em 10 anos, o salário médio anual dos brasileiros cresceu apenas cerca de 3%, considerando o 13º salário e as férias. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, o valor passou de R$ 38.484,44 para R$ 39.604,44.

Estudos indicam que, mesmo com o salário nominal de 2023 (sem descontos da inflação) sendo maior do que em 2013, R$ 39.604,44, o poder de compra diminuiu.

Qual é a explicação para a queda no poder de compras?

De acordo com economistas e especialistas em Finanças, a queda no poder de compras é consequência da inflação alta. Eles apontam dois períodos significativos para o aumento da inflação: a crise econômica de 2015 e a pandemia da Covid-19. 

Dados apontam que nestes períodos, os preços subiram por volta de 10% ao ano, e não houve um aumento real no salário dos trabalhadores brasileiros, levando a redução no poder de compra.

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